segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Nascer o sol


Lembro-me do titulo de um livro de Alice Vieira, "Eu bem vi nascer o sol".
Sou franca, nunca o li.
Não li porque olhava para a capa e tinha medo de ao abrir, estragar o plano que a minha imaginação me dava.

Em dias difusos, os pedaços da alma não se reconhecem.
Afinal, onde pairam as nuvens?
È terrivel que a obrigação nos deixe nesta realidade imunda!

A questão que se coloca é, onde parar a obrigação? No fazer tudo o que a alma pede? ou simplesmente contrariar a falta de juizo da ausência da razão?

Tornar a nossa essência simples, como direi...Tornar tudo á mão de semear ajuda!
Se formos simples, as respostas que encontramos são simples! Se formos complexos, as respostas que encontramos são simples de mais para a complexidade que nem enche um copo de sede da alma!

Usar a palavra EU não ajuda! Banal este cálice!

Por entre os fumos de cigarros procura-se algo, sempre algo.
Estes safados cigarros! Quem não gosta de safadeza?

Estimulante este copo, estimulante o bafo que a razão dá em nome do coração!

A conclusão emerge, tudo é possivel! Capitulo Um!

O capitulo dois, passa por conseguir untar a realidade com o sonho! Este mundo e as nuvens!
A coragem não dá o divórcio ao medo. Nem que para isso seja uma infeliz sem amor, agarrada o resto da vida á vida de alguém! Como se de um virus se tratasse!

E urge a questão.... Quando assombrada a essência, para onde fugir? Para este mundo? ou para as nuvens?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Será...assim?

E será sempre assim....uma tentativa de tentar...uma dor que nunca acaba...uma vontade de beber e a fonte estar seca, ganhar dimensão odiosa na fonte...rasgar o improvável e acabar amigada com impossiveis...

Não somos nada...Apenas somos tudo...E apenas em nós!

Será sempre aqui...uma paragem de alma...

Não sei para onde ir...

è proibido proibir...a imaginação deve ir ao poder...Ja se escrevia em velhos muros que contam a historia!!

E, no fundo...nada mudou

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

De volta

Após meses loucos com a edição e lançamento do meu livro, estou de volta ás minhas fragmentações de alma no blog.

Mais um ano em que celebramos a força que nos faz vaguear nesta sensação vida.

Um 2010 pleno para todos.

Mafalda Veiga - Balançar

Pedes-me um tempo
pra balanço de vida
mas eu sou de letras
não me sei dividir
para mim um balanço
é mesmo balançar
balançar é ter,dar balanço
e sair...

Pedes-me um sonho
pra fazer de chão
mas eu desses não tenho
só dos de voar
e agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e nao ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

Prendes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens
esqueces que às vezes
quando falha o chão
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos

Pedes-me um sonho
pra juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar