sábado, 18 de julho de 2015

E, se simplesmente (sobre)vivessemos?

Biologicamente (ou não) falando, mas, penso que sim, porque poderia também falar em Deus, o criador, etc.... A vida é a formação de um bébé!! Canideo, Bovino, Suíno, Réptil, etc... Falemos do ser humano! Nascemos, e vivemos, isso é ponto, e morremos, isso também é ponto....Entretanto?? Entretanto existem diversas formas de estar na vida! De sentir a vida, de viver a vida, e, uma coisa muito importante, nunca, vivemos sozinhos, no entanto a conquista da nossa liberdade interior é a mais penosa de conseguir! Ou seja, que possamos viver de acordo com aquilo que gostamos, que queremos, que acreditamos, sem magoar ninguém! Pois isso é completamente impossivel! Para isso existe a tolerância, a capacidade de ceder, e uma sensibilidade da qual nem todos são dotados. E nem por isso devem ser criticados. Mas para além de tudo isto, existe, a inteligência! Saber ver para além daquilo que aparenta ser óbvio! e descernir aquilo que é para ser levado a sério, e aquilo que nem é para ser tão pouco tomado em conta, porque sim, a vida é muito mais que esses momentos carregados de energia negativa que espalha a ansiedade generalizada, aperta com a panela de pressão cerebral da pessoa e acabamos todos por ser mais irracionais que um cão! Não podemos ser o que nos dá jeito ser! Somos! Tenho 28 anos, hoje que vos escrevo já caminho perto dos 29! Estou na fase explicada por Erik Eriksson como Intimidade Vs Isolamento! Nesta fase, se o nosso conflito de desenvolvimento de personalidade psicossocial for totalmente desenvolvido pela Intimidade, tendemos a ser promiscuos! Se for totalmente resolvida pelo Isolamento tendemos a não conseguir construir uma relação seja ela amorosa, amizade, etc. Mas se resolvermos de forma igual, ganhamos a capacidade de amar! E só duas ou três pessoas que conheco assim foram capazes! Porque não se pulam etapas de desenvolvimento, podemos sim voltar a elas sempre que for necessário, mas nunca pular! E se repararmos, muitas vezes voltamos até ás mais primordiais! Sempre fui fã de Erik Eriksson, e entre muito mistérios da vida, e da sobrevivência, nele acredito em muito quando observo uma formação humana! Num dia, tudo muda, e acreditem em mim, Oh se muda! Sou pragmática quando dou uma opinião, brutamente honesta quando me pedem, mas se achar, que, vale a pena! E quando é que eu acho? Quando acho que voltamos atrás numa dessas etapas. Quando já é crónico, que a pessoa não vive, sobrevive, porque não evolui... Prefiro concentrar as minhas forças em mim, em quem me ama, e continuar a caminhada... A minha é dura, mas saboreio tanto as gargalhadas que dou que me falta o apetite de tão satisfeita que fico. Por isso Che Guevara, idolatrado por mim e pela minha mãe, me deu este mote motivacional de vida!! Fiquem com as etapas de Erik Eriksson, e não se esqueçam, sobrevivam hoje, para viver amanhã ;) Esquema de Desenvolvimento de Erik Erickson 1. Confiança X Desconfiança (até um ano de idade) Durante o primeiro ano de vida a criança é substancialmente dependente das pessoas que cuidam dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, higiene, locomoção, aprendizado de palavras e seus significados, bem como estimulação para perceber que existe um mundo em movimento ao seu redor. O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança sentir que tem segurança e afeto, adquirindo confiança nas pessoas e no mundo. 2. Autonomia X Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro ano) Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. 3. Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano) Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos. 4. Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos) Neste período a criança está sendo alfabetizada e freqüentando a escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior sociabilização, trabalho em conjunto, cooperatividade, e outras habilidades necessárias. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. 5. Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos) O quinto estágio ganha contornos diferentes devido à crise psicossocial que nele acontece, ou seja, Identidade Versus Confusão. Neste contexto o termo crise não possui uma acepção dramática, por tratar-se de a algo pontual e localizado com pólos positivos e negativos. 6. Intimidade X Isolamento (jovem adulto) Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro. 7. Produtividade X Estagnação (meia idade) Pode aparecer uma dedicação à sociedade à sua volta e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material. 8. Integridade X Desesperança (velhice) Se o envelhecimento ocorre com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos haverá integridade e ganhos, do contrário, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança. (Muito por alto, pois não especifica a aquisição de personalidade quando resolvido o desafio) Até breve C.Baleia!

Sem comentários:

Enviar um comentário