sábado, 18 de julho de 2015
Portugal!! Vs E a favor...
"O MÉTODO DOS BALÕES DE ENSAIO É POUCO DEMOCRÁTICO E MUITO POUCO TRANSPARENTE" in Publico, José Pacheco Pereira
Exactamente por aqui que tudo começa, atiram o barro á parede, e nós, nós temos que ter um qualquer curso politico para compreender o que fazem, o que nos deveriam questionar, as leis, enfim, um acompanhamento civico que na minha opinião está longe de ser o mais adeuqado.
DEMOCRACIA DOMESTICADA! Lamento ter que bater na mesma tecla, mas é nisso que vivemos!
Agora, muito possivelmente, vou ser algo crua e rispida; assim estamos, porque os Portugueses, (na sua maioria) demitiram-se da sua responsabilidade civica.
Eu não posso apoiar quem me diz "são todos iguais, vão para lá roubar" e eu pergunto "Quem está no governo?" e respondem "è o gajo, é o Passos". Hum!! Ou pergunto "Então mas com que politicas estás insatisfeito(a)? Votas-te?" e me respondem "Votar para quê? Não estou contente com nada, pronto"!
Votar para quê?!! Hum... Ora façam lá uma pequena masturbação mental e vejam lá se não sabem porquê, isto para aqueles que gritam a democracia.
Não existe um partido politico que destinga a nossa convicção, pois votar em branco também é voto!
Imaginem se todos votassem em branco?
Imaginem se houvesse 100% de abestenção?? E querem ter voz??
Sinto-me agredida quando vejo tão pouca vontade de participação na actividade do pais, fico colada ao chão gelada com tanta ignorancia, e não, não estou ainda a falar da parte em que não somos esclarecidos, estou a falar do básico, que o cidadão por e simplesmente, NÃO QUER SABER!!
Nós Portugueses temos uma capacidade enorme de descriminar, "Ele é preto mas até é boa pessoa", "A rapariga cresceu num bairro social mas é Dra"; "O rapazinho é filho de toxicodependentes mas conseguiu um bom emprego"!! OU SEJA, TÊM UM DEFEITO E UMA QUALIDADE.
Aiii, levanto as mãos e não sei se hei-de baixar cruzadas, ou ao murro na primeira coisa que encontre.
E somos também péssimistas, uiii!
"Oh ele vai esforçar-se mas da maneira que isto está, não vai longe, oxalá consiga, mas não deve ser capaz..."; "Este problema não me larga, só me dá vontade de pôr a corda ao pescoço"...
São desabafos péssimistas, que influenciam, por vezes, toda uma aplicação social.
O meu primeiro voto, aos 18 anos, ainda tinhamos que ir á junta de freguesia tirar cartão de eleitor, foi no referendo á despenalização da interrupção voluntária da gravidez, sim, o aborto.
Ninguém é a favor do aborto! Ninguém é a favor de uma intervenção cirugica num desespero emocional de uma mulher que seja qual for a razão que a leva ali, não é alvo de julgamento, não pode ser, não tem que ser, e apenas a ela pertence.
O que quem votou sim, (como eu), é a favor, é da DESPENALIZAÇÃO! Ou seja, que não seja clandestino, que não encha bolsos a quem pouco ou nada está preocupado com a vida de outrém, que seja feito por médicos, experientes, por uma equipa de acompanhamento multidisciplinar, porque garantidamente, que a segunda vez que uma mulher lá for, vão encaminhar para uma solução que não passe por fazer intervenções "á parva".
Mas mais uma vez, tentaram, e infelizmente continuam a tentar, discriminar, ora então não há a celebre frase "Só em caso de violação, má formação do feto, ou risco de vida da mãe".
Exato, isto acontece até ás 24 semanas, e é considerada uma intervenção de risco. Por isso, já sofreram mais, mas vamos fazer sofrer mais.
Isto já lá vai em 2004 e felizmente, bem! Mas é só um de muitos exemplos.
Por vezes, tenho a sensação que o povo quer tudo feito. Mas não luta!
Lutar é importante, mostrar consciência critica para argumentar é importante.
Nós ainda vivemos num pequeno paraiso! Querem espreitar a Venezuela? Guiné?
Querem que cheguemos a esse ponto? Gostavam de limar arestas, e manter as coisas boas que temos por cá?
Lutem! Existem variadas formas de expressarmos o nosso descontentamento com soluções na mão, e a democracia em que vivemos permite isso!
E está a ficar domesticada porque as pessoas engolem tudo sem mastigar que lhes é vendido pela comunicação social, mas se forem as entrelinhas, se mastigarem antes de engolir, vão descobrir que ainda há muito para fazer, e muita coisa boa tem sido feita, mas como cidadão tem que intervir! Tem que ter voz activa.
Ou corremos o risco de saber o nome do nosso pais, mas não saber sobre o que estamos contra, ou, o que estamos a favor!
Longe de mim o patriotismo, mas, o meu pais é a minha cultura, a minha identidade, e o dever civico é uma responsabilidade a ter antes de qualquer actuação governamental que queiramos ou não ver implementada.
E por falar nisso, o nosso Ministério da Cultura. Não há! Não há um suporte governamental ao que de mais importante um pais pode ter!
Agora questionem se foi consultado o pais(povo) para o fazerem! E quando souberam, o que fizeram? Eramos poucos a tentar talvez!
Ainda que me tentem pôr de pernas para o ar, eu vou ter a capacidade de imaginar como seria se eu estivesse de pé, e consigo saber o que foi, o que é, e lutar pelo que será, o pais em que nasci, estou inserida, e é a minha identidade.
"Estamos a destruir o planeta e o egoísmo de cada geração não se preocupa em perguntar como é que vão viver os que virão depois. A única coisa que importa é o triunfo do agora. É a isto que eu chamo a «cegueira da razão»." - José Saramago (2005)
Até breve
C.Baleia
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